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bailarina (2013)
O movimento, seja por meio da dança ou do olhar da fotógrafa, se faz corpo poético. O imprevisível é a linha de costura dos gestos. Fotografar a dança não é garantia de traços certos na composição da imagem; ainda assim, dançarina e fotógrafa embalam juntas a intenção de capturar instantes que jamais poderão ser repetidos, numa brincadeira com a luz, utilizando câmera pinhole artesanal analógica, feita com caixa de fósforo e filme 35mm P&B.
A série Bailarina constitui uma narrativa do movimento: o movimento impreciso da dançarina, que articula seus gestos numa coreografia não ensaiada, e da fotógrafa, que no intuito de capturar essa dança, abre mão de aparatos digitais e se vale de uma câmera artesanal que grifa a luz, escrevendo uma dança ao acaso, convidando o espectador a imaginar além do que se vê, mas que pode ser tateado com os olhos. Bailarina é um convite a experimentar o ato fotográfico imprevisível, embalado pelo convite de um corpo que se articula livremente numa parede em branco, assim como palavras que anseiam o poema num pedaço de papel novo.
série bailarina (2013)
projeto contemplado com o prêmio FUNARTE - Olimpíada das Artes Visuais (2022).
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