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fotolivro vou te escrever (2018)
Fotolivro ou livro de artista? Ainda fico na dúvida sobre o encaixe desse trabalho dentro de um formato, porque ele começou a ser feito de um apanhado de fotos e textos que estavam espalhados em cadernos e arquivos antigos, coisas que ia escrevendo (com palavras e com a luz).
O primeiro incentivo veio da Mayara @maluceli, que viu o rascunho e me ajudou com a prova metafísica. Então eu percebi que poderia produzi-lo de fato e fui fazer aulas de poéticas visuais com o Wladimir Fontes, que me orientou com referências, sugestões, questões. Nunca vou me esquecer que durante o tempo das aulas, assisti ao filme Patterson, de Jim Jarmush, por indicação dele, e isso foi decisivo para levar esse projeto até o fim. E o fim é onde estamos agora.
Nessa história (comum, quase banal), a narradora busca se encontrar de volta à sua cidade natal, após uma separação amorosa. Nas travessias pela cidade, entre idas e vindas, ela conversa com seu ex-parceiro por meio de mensagens, devaneios, sonhos e muitas anotações sobre fotografia, tema central de sua memória.
Cada pedaço desse livro foi costurado para compor essa narrativa. Coloquei todas as fotos e escritos na parede e ele foi tomando forma, como na frase de Wally Salomão: “a memória é uma ilha de edição”.
Quis fazer um livro (fotolivro ou livro de artista?) porque isso muda as coisas de dentro pra fora. Transpõe.
Toda a minha inspiração veio do Vale do Capão, das estradas da Bahia a São Paulo e da morte do meu avô Fausto.
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